Neste Dia Nacional da População em Situação de Rua (19 de agosto), a CVX no Brasil destinou 4.500 reais à Associação de Comunidades de Vida Mariana. O valor corresponde à média de gastos investidos semanalmente pela ACVM no jantar que, desde 1996, distribui alimentos e água à população de rua do bairro de São Cristóvão e adjacências, na cidade do Rio de Janeiro; e simboliza o olhar da Comunidade de Vida Cristã para a necessidade de dar visibilidade e mobilizar pessoas e recursos para ações que ajudem a combater a fome, que hoje assola mais de 33 milhões de brasileiros – 14 milhões a mais do que no ano passado.
“Para muitos é incompreensível a gente manter este jantar. Mas para Deus, não existe nada impossível”, afirma José Batista Sobrinho, fundador da ACVM e ex-coordenador nacional da CVX. “Quando começou a pandemia, a gente fazia mais ou menos 400 refeições, às vezes chegava a 500. Eles jantavam aqui na Sede e alguns levavam para suas tocas, casas, pois alguns vivem em verdadeiras tocas embaixo dos viadutos. Com a pandemia aumentou e hoje nós fazemos 1.100 quentinhas, tem vezes que dá 1.200, um pouco mais, um pouco menos. Graças a Deus, até hoje, nunca faltou”, explica.
As pessoas dizem: de que adianta servir o jantar? Adianta porque tem gente que espera uma semana para ter um prato de comida decente, porque passa a semana toda comendo algum sanduíche, resto de comida, um pouco aqui, um pouco ali… Quando chega na quarta-feira eles têm um jantar digno para quem está necessitado.”
Geralmente, a refeição é composta de arroz, feijão, farofa de cebola e um ensopado de macarrão com algum tipo de proteína (frango, moela, salsicha, etc.). Em números absolutos, são utilizados: 110kg de arroz, 35kg de feijão, 7kg de sal, 15 garrafas de óleo, 30kg de farinha, 2kg de alho, 100kg de proteína, 40kg de macarrão, além dos diversos temperos. Tudo preparado no dia e servido na hora, por voluntários do projeto Vida, da ACVM. Acrescente-se a estes gastos o gás, o combustível da van que ajuda a distribuir quentinhas na região – inclusive duas cracolândias vizinhas da Sede da Associação – e o valor chega a quase 20 mil reais por mês só nesta iniciativa, fora os demais apoios oferecidos pela ACVM.
“É uma dedicação quase que total, fazemos o que é possível. Não somos nós que fazemos, é a Providência Divina. O que nós gastamos e precisamos é muita coisa, humanamente falando é impossível. E mesmo assim, precisamos de muita oração, pois dentro de nossa Santa Mãe Igreja tem quem não entende o sofrimento de tanta gente como na cidade do Rio de Janeiro, que tem 14, 15 mil pessoas perambulando pelas ruas”, finaliza Sobrinho.
Veja neste link um vídeo da alegria da equipe da ACVM na preparação da comida e das quentinhas; ou então clique aqui para acompanhar fotos e informações sobre outras ações da ACVM.
Fundo para a formação, espiritualidade e missão
A destinação feita para a ACVM é oriunda do Fundo para a Formação, Espiritualidade e Missão da CVX no Brasil, que é alimentado pelo dinheiro da Coleta do Dia de Santo Inácio (sugere-se um dia de salário). Quem ainda não colaborou e ainda quer ajudar a CVX a apoiar outras ações como esta e outras – ou também retiros e formações – pode fazê-lo até o final de agosto, pela chave pix cvxbrasil@cvx.org.br.
